Será que o ketchup surgiu já com esse jeito que todos nós conhecemos? E qual a história por trás desse produto que tem um gosto especial. Então saiba agora como surgiu o Ketchup!
O Ketchup é um dos produtos mais consumidos no mundo e aqui no Brasil ele é um molho para lanches e em alguns estados até na pizza.
Fabricado hoje por diferentes marcas, o ketchup chegou a ser uma comida rara mas bastante requisitada por aqueles que não tinham acesso. Mas, como será que surgiu o Ketchup e qual a história por trás da adição do tomate da receita original?
A jornada do ketchup começou por volta de 300 aC, no que hoje é o Vietnã. Foi nessa época que surgiram os primeiros registros de peixe fermentado e molho de soja. seu nome? Kê-tsiap, em Hokkien (um dialeto chinês também falado em outras partes do Sudeste Asiático) significa “salmoura de peixe salgado”.
Kê-tsiap é um condimento popular e não demorou muito para se espalhar pela Ásia. No século 18, os britânicos o contataram na colônia britânica da Indonésia. Eles ficaram fascinados com o produto e sua capacidade de “mexer” pratos com sabor incrível. Então eles decidiram trazer a ideia para a Europa.
De volta à Terra da Rainha, os britânicos enfrentaram um problema: não havia soja. A solução foi ajustar o molho testando uma série de outros ingredientes: cogumelos, feijão, anchovas, nozes, ostras… A primeira receita publicada na Inglaterra data de 1727. Como vinagre e vinho branco, gengibre, pimenta e raspas de limão.
O sucesso do molho se deve à sua durabilidade – essencial quando a preservação dos alimentos é difícil. A pasta de tomate vem em várias versões, dependendo de seus ingredientes, e é usada para tudo que precisa de tempero extra, como carne, peixe e pão. A autora Jane Austen (Orgulho e Preconceito) é considerada uma consumidora fiel de lojas de dinamite de cogumelos.
Os primeiros paises a criar molho de tomate para incorporar às massas foram a França e a Itália, mas foi no país da bota que o alimento se tornou patrimônio nacional.
O cientista e horticultor James Mease foi o responsável por investar o ketchup à base de tomate em 1812, na Filadélfia. Sua receita levava polpa de tomate, conhaque e algumas especiarias. Mas havia um problema. Como a polpa era um produto perecível, o novo ketchup ia na contramão dos seus parentes europeus, que se popularizaram justamente pela sua durabilidade nas despensas.
A solução para quem fabricava foi encher o produto de conservantes. Os primeiros estudos sobre o ketchup identificaram níveis preocupantes de alcatrão de hulha (para realçar a cor avermelhada) e benzoato de sódio (para prolongar a data de validade). Acontece que, no final do século 19, já se sabia que esses produtos faziam mal à saúde. Um dos maiores críticos a esses aditivos era o químico Harvey Washington Wiley.
Wiley defendia que conservantes do tipo não eram necessários se os fabricantes usassem ingredientes de alta qualidade. Um fabricante de ketchup decidiu encampar a briga de Wiley: Henry John Heinz.
Deu certo: naquele ano, o ketchup da Heinz foi uma das sensações da famosa Exposição Universal, que rolou na Filadélfia. E chamou mais atenção que outras invenções que estavam ali, como um certo telefone. Em 1897, as indústrias da Heinz em Pittsburgh já possuíam linhas de produção, com tarefas divididas e que começavam a ser automatizadas.